Sem lhe querer dar mais importância do que eventualmente terá, o que esta notícia faz é dar um exemplo que seria bom que se multiplicasse: Solange está grávida e vai ser mãe, mas a sua mulher não vai ter o mesmo estatuto. Ou vice-versa.
O artigo põe o dedo na ferida ao mostrar que, em Portugal, há já homossexuais que são pais e casais do mesmo sexo que têm filhos, mas como, aos olhos da lei, apenas um dos cônjuges tem um vínculo parental. E essa é talvez a melhor forma de acordar o país para a (ainda) dormente questão da adopção por homossexuais, porque mostra que a homoparentalidade não é uma hipótese futura à espera que a legislação mude: é já uma realidade presente a que falta reconhecimento legal.
A sociedade adiantou-se à lei e há que mostrá-lo para que se saiba que não se está a falar em abstrato, como se se tratasse de uma realidade distante e remota. E que quem ignora a questão, empurrando-a para as calendas gregas, está a limitar-se a assobiar para o lado. Até quando durará o atraso do Estado em relação à vida actual dos seus cidadãos?
Publicado em simultâneo no Devaneios LGBT.
domingo, 9 de agosto de 2009
Não será: já é!
Publicado por Héliocoptero às 21:26
Etiquetas: Adopção, Direitos LGBT
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2 comentários:
Realmente põe mesmo o dedo na ferida, a homoparentalidade é ainda um assunto com pouca exposição publica. E um problema sem fim à vista...mas vamos por passos.
Nao sabia que era assim a lei em Portugal.... provavelmente uma das maiores parvoices que ouvi ultimamente.
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