segunda-feira, 10 de março de 2008

Dia do levantamento tibetano


O dia 10 de Março de 1959 foi a data em que um Tibete ocupado pelas tropas chineses revoltou-se para tentar sacudir a autoridade de Pequim. Falhado o levantamento, o XIV Dalai Lama fugiu para o exílio na India e estabeleceu o governo tibetano no exílio Dharamsala, onde ainda hoje reside e preside às instituições políticas e religiosas de um Tibete em diáspora.

De 1959 até hoje, 10 de Março tem-se transformado num dia de protesto contra a ocupação e as violações dos Direitos Humanos em território tibetano, onde as perseguições políticas, as restrições à prática religiosa, o uso de tortura, a destruição do património natural e a imigração em massa de chineses com vista a tornar os tibetanos uma minoria no seu próprio país tem ditado a lenta supressão e eliminação cultural do Tibete. Hoje mesmo, três mulheres ocidentais foram presas por protestarem contra uma nova via ferroviária que irá facilitar o processo de colonização do Titebe. Com os Jogos Olímpicos de Pequim a poucos meses de distância e com o aumento de pressão sobre o governo chinês para que honre as suas promessas relativas aos Direitos Humanos, começou hoje uma marcha de protesto desde Dharamsala até à fronteira indo-tibetana, em simultâneo com vários protestos noutras partes do mundo, incluindo Olimpia e Lisboa.


O blogue Tibet will be free mantém um relato actualizado dos protestos sobre um problema humanitário não muito diferente do que Timor enfrentava até há uns anos atrás.

3 comentários:

Pedro Fontela disse...

Escolherem a China para os jogos olimpicos é uma piada de mau gosto... como se fossem um bom simbolo de direitos humanos e dignidade. Parece que a unica coisa que interessa é mesmo o todo poderoso comércio.

Héliocoptero disse...

E ainda por cima escolhida com a condição de melhorar o seu desempenho em matéria de Direitos Humanos, como se os Jogos Olímpicos compensassem a fraca diplomacia ocidental e a maioria dos atletas não esteja mais interessada em fazer de conta que não sabe de nada e que não percebe de política...

Anónimo disse...

No Porto também houve protesto, apesar de termos sido apenas uns 50...