Leio a edição online do Diário de Notícias e dou com o seguinte título: Tribunal ilibou militar que filmou orgia com telemóvel. Pensei tratar-se de um escândalo à imagem e semelhança do das festas na embaixada americana no Afeganistão, mas, para minha desilusão, não era.
Parece que a "orgia" do DN tinha apenas duas pessoas e uma terceira a filmar. Uma multidão em êxtase, sem dúvida, num total de quatro mãos e quatro pés que qualquer um deixava de conseguir identificar os donos no meio da confusão de corpos que são duas pessoas a terem sexo. Isto já para não falar do coitado que estava de telemóvel em punho e que certamente terá sofrido bastante ao não saber onde carregar ou agarrar. Que emaranhado! Que orgia de dedos, pernas e botões!
Ou o Diário de Notícias anda a ganhar tiques sensacionalistas à Correio da Manhã ou começou a contratar virgens de quarenta anos acabados de sair de um qualquer seminário católico, para quem qualquer aventura sexual constitui uma medonha "orgia". E o jornalista em causa ainda acrescenta que os três militares resolveram alugar um quarto para praticar sexo. Dado que o aluguer se refere a bens móveis - os que se pode mover de um lado para o outro, portanto - a única conclusão possível é que a orgia teve lugar numa rulote ou numa tenda...
P.S.: O Dr. Maybe teria provavelmente qualquer coisa a dizer sobre isto.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Um momento de (falta de) rigor
Publicado por Héliocoptero às 12:20
Etiquetas: Jornalismo
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