terça-feira, 8 de setembro de 2009

De raízes no poder

Causa náuseas ouvir José Sócrates dizer, como no debate de hoje e com um ar paternalista, que já outros tentaram substituir o PS e falharam. Não porque não seja legítimo que um partido lute pela sua existência (ou sobrevivência), mas porque a democracia pressupõe a renovação de forças e intervenientes.

O poder nunca pode ser uma certeza: tem que ser algo que se mereça e se perca inevitavelmente! E, se não se lutar e trabalhar para o merecer, um partido deve ser despromovido pela perda de eleitores e, no extremo, deixar de existir. Achar que se é inamovível ou indestrutível é pensar que se tem alguma forma de direito histórico ao poder. Ou, nas palavras de um "ilustre" senhor, dizer que o Partido Socialista resiste a tudo - até à desejável e democraticamente natural renovação política - é apenas outra forma de afirmar que, quem se mete com o PS, leva! Não há democracia que aguente com gente desta.

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