Eu já não sei o que é que tem mais piada neste caso: a imagem de um polícia de barriga e bigode a confiscar livros com uma vagina na capa, a ignorância bruta de progenitores incapazes de explicar os genitais femininos aos seus filhos ou a ideia de um grupo de miúdos a pilhar uma feira do livro por algum efeito alucinogénico de uma obra de arte do século XIX. Depois de no Algarve terem sido proibidas as massagens na praia porque acabavam noutra coisa, agora é a vez das forças da ordem de Braga descobrirem o potêncial para a violência contido num famoso quadro de genitalia de mulher.
Eu bem sei que o caso é sério por revelar o grau e alcance da ignorância em Portugal, mas a explicação ridícula da polícia para o acto de censura - chegando mesmo a dizer que havia "iminência de confrontos físicos" - só me faz lembrar aquela anedota do menino que quis saber o que era a racha que a mãe tinha entre as pernas. Para quem não conhece a piada, a mãe disse que tinha sido uma machadada e o filho respondeu, por entre risos, «mesmo na cona!». Em Braga, o caso é o de alguém que deu com um machado na inteligência e na liberdade artística com a desculpa de que era uma vagina com efeitos de LSD.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Uma machadada mesmo na...
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2 comentários:
Não conhecia essa piada...mas será que faziam a mesma coisa com a Vénus do Botticelli??
coitados, andaram a remoer e saiu arte, mas é por estas coisas que eu amo Portugal,
zum
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