(como não sei se ia voltar a ver a minha explicação vim aqui "chatear")
Talvez o meu post tenha sido mal interpretado. Talvez não. O meu objectivo não foi o de manter os "esqueletos" no armário mas antes reforçar a ideia que tive na leitura das entre-linhas do artigo do Público que a meu ver não era inocente e muito menos positiva esta chamada de atenção.
Como de certeza sabe a maior parte das pessoas que lêem e comentam estas noticias continuam a ter ideias bacocas e retrogradas em relação à orientação sexual, raça, credo e não sinto que são estes títulos "sugestivos" que fazem progredir as mentalidades. Sãp apenas fait-divers para parecer que são todos muito liberais... hipocritamente liberais...
ps: o filme MILK é 5 estrelas: Pelo tema, pela abordagem histórica feita, pela realização e pela interpretação de S. Penn. Como diz: " a ver... a rever"
Não podia ter calhado melhor esta conversa ter lugar nesta caixa de comentários, porque o filme em questão, o que versa sobre a vida de Harvey Milk, sugere precisamente a importância da notícia do Público.
Milk foi um excelente exemplo de como a orientação sexual assumida de um político é importante para a afirmação cívica de uma minoria. Certamente que também atraiu detractores, os retrógados de ideias bacocas, e de certeza que muitos terão feito títulos de jornal à custa da sua homossexualidade. Mas isso teve mérito, porque a questão já não era tabu, era tema de discussão; já não era uma questão de privacidade, mas de vida pública. E um dos passos mais importantes na conquista de direitos daqueles que são empurrados para o silêncio é a conquista do espaço público.
O corpo de um/a homossexual não denuncia a sua orientação sexual, contrariamente aos negros ou às mulheres, cuja cor da pele ou a fisionomia imediatemente revelam raça e género. Assim sendo, os homossexuais só conquistam o espaço público dizendo que o são, em gestos ou em palavras. Em títulos de jornais também: se uma fotografia torna óbvia a raça de Obama, o mesmo não se pode dizer quanto à orientação sexual da senhora Sigurdardottir. E se ninguém disser que ela é lésbica, a coisa passa despercebida como passam os políticos portugueses dentro do armário, sem avanço para a igualdade dos homossexuais, que continuam excluídos de muitas áreas da vida pública.
Gosto muito de dizer que o pássaro de Minerva voa ao crepúsculo, que os amigos entram quando todos os outros saem e que o Destino é uma questão de necessidade, não de justiça no sentido popular do termo.
3 comentários:
(como não sei se ia voltar a ver a minha explicação vim aqui "chatear")
Talvez o meu post tenha sido mal interpretado. Talvez não.
O meu objectivo não foi o de manter os "esqueletos" no armário mas antes reforçar a ideia que tive na leitura das entre-linhas do artigo do Público que a meu ver não era inocente e muito menos positiva esta chamada de atenção.
Como de certeza sabe a maior parte das pessoas que lêem e comentam estas noticias continuam a ter ideias bacocas e retrogradas em relação à orientação sexual, raça, credo e não sinto que são estes títulos "sugestivos" que fazem progredir as mentalidades. Sãp apenas fait-divers para parecer que são todos muito liberais... hipocritamente liberais...
ps: o filme MILK é 5 estrelas: Pelo tema, pela abordagem histórica feita, pela realização e pela interpretação de S. Penn. Como diz: " a ver... a rever"
Não podia ter calhado melhor esta conversa ter lugar nesta caixa de comentários, porque o filme em questão, o que versa sobre a vida de Harvey Milk, sugere precisamente a importância da notícia do Público.
Milk foi um excelente exemplo de como a orientação sexual assumida de um político é importante para a afirmação cívica de uma minoria. Certamente que também atraiu detractores, os retrógados de ideias bacocas, e de certeza que muitos terão feito títulos de jornal à custa da sua homossexualidade. Mas isso teve mérito, porque a questão já não era tabu, era tema de discussão; já não era uma questão de privacidade, mas de vida pública. E um dos passos mais importantes na conquista de direitos daqueles que são empurrados para o silêncio é a conquista do espaço público.
O corpo de um/a homossexual não denuncia a sua orientação sexual, contrariamente aos negros ou às mulheres, cuja cor da pele ou a fisionomia imediatemente revelam raça e género. Assim sendo, os homossexuais só conquistam o espaço público dizendo que o são, em gestos ou em palavras. Em títulos de jornais também: se uma fotografia torna óbvia a raça de Obama, o mesmo não se pode dizer quanto à orientação sexual da senhora Sigurdardottir. E se ninguém disser que ela é lésbica, a coisa passa despercebida como passam os políticos portugueses dentro do armário, sem avanço para a igualdade dos homossexuais, que continuam excluídos de muitas áreas da vida pública.
não sei se viste o Público de hoje... mas dá uma olhadela através do meu blog... abraço
http://nemvaleapenadizermaisnada.blogspot.com/2009/02/primeira-ministra-da-islandia-e-lesbica.html
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