É certo que esta mensagem de protesto a pedir aos deputados do PS para abandonarem a sala no momento da votação de amanhã não é a melhor das ideias. Tal como o Miguel, preferia que todos os dignos (?) representantes da Nação assumissem o seu voto em vez de estarem ausentes e, como eu antes disse e o Max repetiu, nestas coisas de protestos em democracia, o voto é a melhor arma, principalmente quando o seu sentido é declarado publicamente por associação a uma ou mais causas.
Ainda assim, não deixa de me surpreender uma pequena frase contida nesta notícia do Público:
Se a ideia de não comparecer nas votações parecia estar a ganhar terreno numa ala da bancada rosa, a chuva de e-mails era ontem considerada como uma "pressão ilegítima" e começava a gerar o efeito contrário, como observaram ao PÚBLICO os deputados Nuno Sá e Marcos Sá.
Pressão ilegítima? É ilegítimo que os cidadãos eleitores façam saber a sua opinião e instem os seus representantes políticos a tomarem uma posição? É ilegítimo que os eleitos sejam pressionados por quem os elegeu e por quem eles têm o dever de representar? Numa democracia representativa é preciso autorização prévia para que os cidadãos possam fazer saber a sua opinião aos seus deputados? Talvez não seja má ideia lembrar aos deputados Nuno Sá e Marcos Sá que eles são mandatados por eleição popular e não proprietários de um cargo político que compraram com dinheiro do seu bolso.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Opiniões só quando solicitadas
Publicado por Héliocoptero às 13:43
Etiquetas: Casamento civil, Democracia, Direitos LGBT, Parlamento
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