quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Aljubarrota outra vez!



A 14 de Agosto de 1385, uns 6000 portugueses e ingleses venciam cerca de 30 000 castelhanos, franceses e outros portugueses no planalto de S. Jorge. A desvantagem numérica fazia prever o resultado oposto, mas vencemos! Vencemos com recurso ao engenho ponderado e calculado, à inteligência de saber maximizar as vantagens para minimizar as desvantagens e pela força da convicção e esperança. Provou-se, no final, a possibilidade da vitória impossível, num episódio que foi e continua a ser dos mais míticos da nossa História, presidido pelo Condestável de força anímica que o povo diz ser santo e pelo herói que foi primeiro Mestre, depois Messias e enfim Rei, vitorioso a 14 de Agosto de 1385 e falecido a 14 de Agosto de 1433. Como se a revolução da época não bastasse para alimentar o imaginário popular, eis a coincidência de datas! Por alguma coisa ficou D. João I conhecido como o Messias de Lisboa, O Bom, O Grande ou O de Boa Memória. E que bela memória a dos seus tempos, com a vontade popular a erguer nova dinastia, os feitos heróicos de Nuno Álvares Pereira, o verbo de João das Regras, Aljubarrota, Ceuta, o início das Descobertas, a Ínclita Geração, o valor do saber, do talento e da coragem!

Passados 623 anos, eis os valores a recuperar num país que descura o mérito e o esforço, a habilidade ponderada e calculada, a valentia e orgulho de quem, por uma causa e uma pátria, lança-se ao combate com as hipóteses contra si, mas confiante no plano que traçou. Venha uma Aljubarrota outra vez!

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