domingo, 29 de junho de 2008

Sem os complexos portugueses


Militares suecos juntam-se à Parada LGBT de Estocolmo de uniforme vestido. Já o ano passado, a marcha da capital da Suécia tinha contado com a presença de uma delegação da Igreja Sueca, a juntar à participação de grupos profissionais, desportivos e membros da classe política. Muito aquém do exemplo de Portugal, portanto, onde se acusa a marcha de ter demasiadas plumas e não dar uma imagem correcta da comunidade, mas onde os próprios homossexuais que criticam também não se juntam ao evento de fato e gravata, roupa de praia, traje académico, uniforme de trabalho e acompanhados por uma banda filarmónica ou tuna.

Afinal, a Parada LGBT é feita por quem nela participa, não por quem fica de fora. Se acham que não vos representa, juntem-se e dizem "presente!". Na Suécia, os militares não parecem ter problemas em desfilar ao lado de travestis; em Portugal, o estado de coisas dentro do armário parece obrigar à vivência hipócrita de criticar sem ter a coragem de mudar ou sequer de se assumir.

Publicado em simultâneo no Devaneios LGBT

1 comentário:

Max Spencer-Dohner disse...

Ora nem mais. Como eu me fartei de dizer isso mesmo nos últimos dias, caro amigo. todas as cores são admissiveis. Quem quiser dar (mais) outra tonalidade, só tem que aparecer!