quarta-feira, 30 de abril de 2008

Valborg

Por esta altura, nos campos da Suécia já se deve ver grandes fogueiras, nas ruas já deve ter começado a festa dos estudantes e, em Uppsala em particular, o coro universitário já deve ter saudado do sol poente e dado as boas vindas à Primavera com uma actuação, um discurso e toques de sino no cimo da colina do castelo, naquele que, em conjunto com o Natal e o solstício de Verão, é um dos grandes momentos festivos suecos.







Na pobreza portuguesa, o dia de amanhã é reduzido a uma única efeméride de origem sindical. Na Escandinávia, nas ilhas Britânicas e também na Alemanha, o começo de Maio não é só o Dia do Trabalhador: é sinónimo de cor, de diversidade, de vitalidade, de exuberância, de celebração, de conquista e de prosperidade, a que se tem, a que se espera ter ou aquela a que se aspira. E isso é manifesto das mais variadas formas, da festa interminável aos rituais oficiais das universidades, dos piqueniques aos jantares de dezenas ou centenas, das marchas de protesto aos cortejos de celebração, dos jogos tradicionais às competições mais recentes, das grandes fogueiras às grandes demonstrações de arte, das cerimónias modernas às de origem pagã.

Hoje é a Noite de Walpurgis, amanhã será o Primeiro de Maio. A prosperidade triunfante segue segura rumo ao climax do solstício de Verão! Waes Hael!

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