As calendas - o primeiro dia de cada mês - eram, na Roma Antiga, consagradas a Juno. Em particular as de Junho, mês cujo nome indica ter sido baptizado em honra da deusa, que não era divindade de pouca importância.
Identificada com a etrusca Uni e com a grega Hera, tida como mulher de Júpiter e rainha celestial, assumia o título de Regina enquanto membro da tríade do Capitólio, a "cabeça" das sete colinas, e os de Interduca e Domiduca como deusa que conduzia a noiva para o casamento e para a nova casa, respectivamente. Como Juno Lucina era a da luz, no sentido de dar à luz, assumindo-se como protectora das mulheres no parto, e como Caprotina parece ter sido associada à fertilidade. Terá tido ainda um aspecto militar expresso pelos nomes Curitis, conforme registado por uma oração em que lhe era pedida protecção com a sua quadriga e escudo, e Populona, a do povo armado e mobilizado para a guerra.
O epíteto mais conhecido será o de Moneta, que poderá ter origem no latim mons (colina), mas que a tradição atribui à palavra monere (avisar), por referência a um episódio do ano 390 a.C. em que um ataque gaulês a Roma terá sido denunciado pela agitação de um grupo de gansos, a ave sagrada de Juno. Derrotados os invasores, ergueu-se um templo em agradecimento que, depois de 273 a.C., passou a ter por perto um edifício onde era cunhada moeda, palavra que terá tido origem precisamente em moneta, por associação ao local de culto.
A Juno, protectora do Estado, dos soldados e das mulheres, este blogue presta a sua homenagem, assinalando o primeiro dia do mês consagrado à deusa com esta entrada e um adoratio virtual. Salve Iuno Mater!
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Mês de Juno
Publicado por Héliocoptero às 10:40
Etiquetas: Politeísmo, Religião, Religio Romana
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